À hora em que se assistia a um jogo de futebol na TV – os partidos, sobretudo aqueles que por serem mais pequenos, têm de estar mais atentos a estes pormenores – teve ontem lugar uma pouco participada sessão de esclarecimento do Bloco de Esquerda, a qual contou com a presença da candidata à câmara de Mafra, Blandina Vaz e do candidato à presidência da Assembleia Municipal, Pedro Ramos.
Blandina Vaz apresentou as principais propostas do BE nestas eleições locais, para Mafra, “um município partilhado, que não seja um dormitório de Lisboa”. O preço e a remunicipalização da água em Mafra, as portagens da A21 e o pagamento das indemnizações devidas pelas expropriações, o IMI e a sua taxa máxima, o turismo sustentável no eixo Sintra-Mafra-Lisboa, os problemas da mobilidade fora das principais vias e entre localidades, o facto de haver um só operador privado e nenhum operador municipal de transportes, a necessidade de reabilitação da linha do Oeste, tendo-se referido a este propósito, que “o PS foi o único partido que não se comprometeu com a requalificação integral da linha do Oeste”.
Paula Guerreiro, candidata à Junta de Freguesia de Mafra, referiu-se aos problemas da Tapada Nacional de Mafra, nomeadamente ao abate de sobreiros, às touradas e à protecção animal. Jorge Branco, estudante universitário, dedicou a sua intervenção à rede de transportes do concelho, referindo que a empresa Mafrense “actua em regime de cartel”.
Finalmente, Pedro Ramos, trabalhador da Valorsul e membro do Conselho Geral da CGTP e candidato à presidência da Assembleia Municipal pelo BE, referiu-se aos problemas financeiros da Tratolixo e ao facto de haver sempre um cheiro nauseabundo junto às instalação daquela empresa na Abrunheira. Apelou a uma maior transparência na câmara de Mafra, criticou o modo com são feitos os ajustes directos e referiu-se à situação dos trabalhadores precários no concelho.